sexta-feira, 22 de março de 2019

A partir de agora teremos a honra de publicar textos escritos por Joaquim Letria

Joaquim Letria é um jornalista português e uma figura incontornável da comunicação social portuguesa.

A sua obra está consignada no seguinte:

- Foi fundador dos semanários: "O Jornal" e "Tal e Qual";
- Recebeu o "Prémio da Imprensa", em 1974;
- Trabalhou no "Diário de Lisboa";
- Passou pela revista "Flama";
- Trabalhou no "Rádio Clube Português;
- Desempenhou funções na "Associated Press";
- Trabalhou na BBC;
- Cumpriu funções na "RTP", como director adjunto de informação para programas não diários;
- Participou na fundação do semanário "O Jornal";
- Trabalhou na agência noticiosa portuguesa "ANOP";
- Apresentou o telejornal "Informação 2";
- Criou os programas de televisão "Directíssimo" e "Tal e Qual";
- Assumiu a função de porta voz da Presidência da República do General Ramalho Eanes;
- Foi agraciado com a Grã Cruz da Ordem Militar de Cristo;
- Apresentou o programa "Já Está";
- Dirigiu a revista de grande informação "Sábado";
- Apresentou o programa "Rosa dos Ventos";
- Apresentou o programa "Apanhados";
- Apresentou o talk show "Conversa Afiada";
- Apresentou o "Café Lisboa";
- Lançou o livro "A Verdade Confiscada. Escândalo - A Armadilha da Nova Censura";
- Colaborou com a Rádio Comercial;
- Participou com o jornal diário "24 Horas";
- Leccionou na Universidade Lusíada;
- Fez consultoria de comunicação;
- Produziu documentários para a televisão;
- Teve uma rubrica regular no programa "A Tarde é Sua".




NÃO LHES ROUBAM A ADSE

Os nossos queridos funcionários públicos andam nervosíssimos por causa da ADSE. É compreensível. Sempre e só preocupados com a progressão na carreira, têm agora que apoquentar-se em saber quem lhes vai pagar as despesas com a Saúde.

Em 2006, os jornalistas portugueses foram espoliados da sua Caixa de Previdência e Abono que no Estado Novo havia sido uma conquista da classe e uma vitória dos anarco-sindicalistas. Pagávamos   as despesas com a saúde e a Caixa reembolsava-nos cerca de 80 por cento. Além do mais, a Caixa pagava sem retorno abonos a jornalistas desempregados e ajudava outros em dificuldade, para além de emprestar dinheiro para a compra de habitação sem pagamento de juros.

O dinheiro para tudo isto era nosso: para além das contribuições que a Caixa nos cobrava, geria ainda um fundo de valor apreciável, gerado pelo pagamento de um por cento das receitas publicitárias que as empresas proprietárias dos jornais, das rádios e mais tarde da televisão tinham concordado em pagar.

Em 2006, o Governo do Sócrates disse que isso era um privilégio inaceitável e que dispúnhamos do Serviço Nacional de Saúde para nos tratarmos. Roubaram-nos 20 milhões de euros que nos pertenciam e fecharam a Caixa quando esta era presidida pela Jornalista Maria Antónia Palla, por acaso mãe do actual Primeiro-Ministro António Costa.

Dizem que o dinheiro foi absorvido pelo instituto da Segurança Social, e nós fomos para seguros ou para o Serviço Nacional de Saúde. E pronto, não se falou mais nisto. Como  não éramos amigos daquele Santos Silva que ainda hoje sustenta o Sócrates, deixámos de ter privilégios…

Ouvi a muitos estimáveis funcionários públicos dizerem que assim é que era. Aquele Governo cortava a direito. Ai meus queridos, não tenham dúvidas! E estão todos aí outra vez! E só não vos tiram a ADSE porque querem os vossos   votos.  Tenham cuidado com o Centeno, que esse só pensa no vosso dinheiro.

JOAQUIM LETRIA