segunda-feira, 19 de agosto de 2024


 OBRIGADO pelas suas palavras, Comandante Valente!

OBRIGADO por fazer o favor de ser meu Amigo!

O Sr. João Duarte é, sem dúvida, uma das maiores referências na coudelaria portuguesa, uma figura cuja dedicação e paixão pelos cavalos transcende qualquer expectativa. Quando penso na minha primeira visita à sua casa nos Açores, sou imediatamente transportado para um momento de puro encantamento e hospitalidade genuína, algo que se tornou uma marca registada do seu caráter ímpar.

Na altura, cheguei aos Açores com grandes expectativas, movido pela curiosidade e pelo desejo de conhecer de perto o trabalho deste homem tão respeitado no mundo equestre. Contudo, nada poderia ter-me preparado para a receção calorosa e cheia de afeto que me aguardava. Desde o momento em que cruzei o limiar da sua casa, senti-me não apenas um visitante, mas um amigo de longa data. O João Duarte recebeu-me com uma cordialidade que vai além do mero cumprimento das normas de hospitalidade. Fui agraciado com todas as mordomias e atenções que, habitualmente, reservamos apenas para os amigos mais especiais.

A forma como fui acolhido em sua casa foi algo que me tocou profundamente. Não se tratava apenas da hospitalidade típica dos Açores, já por si só notável, mas de uma verdadeira expressão de amizade e consideração. A atenção aos detalhes, a preocupação em fazer-me sentir confortável e a generosidade com que partilhou o seu tempo e o seu espaço comigo foram de uma nobreza rara. Esta experiência, que inicialmente pensei ser única, revelou-se tão marcante que não pude resistir à tentação de voltar.

De fato, foi com grande entusiasmo que fiz o "sacrifício" de regressar aos Açores, numa segunda visita dedicada exclusivamente à coudelaria do João Duarte. Recordo-me do seu sorriso orgulhoso ao apresentar-me cada cavalo, cada recanto da sua propriedade. O brilho nos seus olhos ao falar dos seus animais era evidente, refletindo a profunda ligação que tem com eles. Cada cavalo, para ele, não é apenas um animal, mas um ser com alma, com uma história, uma extensão da sua própria identidade.

O João Duarte é um homem sério, honesto, e de uma integridade que, nos dias que correm, é cada vez mais rara. É um exemplo de dedicação e paixão pela coudelaria, atributos que fazem dele uma referência no mundo equestre. No entanto, ser uma pessoa de tão grande caráter e princípios, infelizmente, também o torna alvo fácil para aqueles que, por vezes, procuram tirar proveito da sua bondade. É triste constatar que alguns se aproveitam da sua generosidade e confiança, mas tal é a realidade que, inevitavelmente, acompanha as pessoas de coração nobre.

No entanto, é importante salientar que, apesar de todas as dificuldades e injustiças, o João Duarte nunca perdeu a sua essência.

Continua a ser o homem íntegro e apaixonado que sempre foi, alguém que se dedica de corpo e alma àquilo que ama e que, mesmo diante das adversidades, mantém sempre uma determinação e um entusiasmo contagiantes. A sua resiliência é algo admirável, e a maneira como lida com os desafios que a vida lhe impõe é um exemplo a seguir, enfrentando as dificuldades com uma dignidade e uma serenidade que só os grandes homens possuem.

Apesar de todas as qualidades que o tornam único, é triste reconhecer que, ultimamente, não tenho conseguido visitá-lo com a frequência que ele merece, especialmente agora, que está a passar por problemas de saúde que o têm apoquentado. No entanto, as minhas ausências não significam que o tenha esquecido, muito pelo contrário. Tenho-o sempre presente nos meus pensamentos e no meu coração, e sei que é uma questão de tempo até que possa compensá-lo por todas as visitas que lhe devo.

Prometo que muito em breve voltarei a visitá-lo, não apenas para matar saudades, mas para expressar, pessoalmente, o quanto a sua amizade e hospitalidade significam para mim. A nossa ligação é muito mais do que uma simples amizade; é uma relação construída com base no respeito mútuo, na admiração e na partilha de valores que ambos prezamos. O João Duarte é, sem sombra de dúvida, um homem extraordinário, cujo legado na coudelaria portuguesa permanecerá para sempre gravado na história e na memória daqueles que tiveram o privilégio de o conhecer e de aprender com ele.

Ao recordar as minhas visitas aos Açores, não posso deixar de me sentir profundamente grato por todas as experiências que o João Duarte me proporcionou. Ele não só me abriu as portas da sua casa, como também do seu coração. As horas que passámos juntos, a percorrer a sua coudelaria, a conversar sobre os cavalos e sobre a vida, são memórias que guardarei para sempre com grande carinho. A sua sabedoria, o seu conhecimento profundo sobre a coudelaria e, acima de tudo, a sua paixão, são algo que me inspira profundamente e que me faz querer ser uma pessoa melhor.

O João Duarte é o tipo de pessoa que deixa uma marca indelével na vida de quem o conhece. A sua dedicação, não só à coudelaria, mas também aos seus amigos e à sua família, é algo verdadeiramente admirável. Ele é um homem de princípios, cuja palavra é sempre fiável e cujo caráter é inquestionável. Mesmo nos momentos mais difíceis, ele mantém-se firme e fiel aos seus valores, uma qualidade que, infelizmente, nem sempre é reconhecida como deveria ser.

É com um sentimento de profunda admiração e gratidão que escrevo estas palavras sobre o João Duarte. Ele é, sem dúvida, uma das pessoas mais extraordinárias que já tive o prazer de conhecer, e sinto-me verdadeiramente afortunado por poder chamá-lo de amigo. A sua coudelaria é um reflexo de tudo o que ele representa: dedicação, paixão, e uma busca constante pela excelência. Cada visita que fiz à sua propriedade foi uma lição de vida, uma oportunidade de aprender e de crescer, tanto no plano pessoal quanto no profissional.

Ao concluir este texto, faço questão de reiterar o meu compromisso de voltar a visitá-lo em breve. Sei que estas palavras não substituem a presença física, mas espero que sirvam como um pequeno testemunho do grande apreço e respeito que tenho pelo João Duarte. A sua amizade é um tesouro que valorizo imensamente, e estou determinado a fazer tudo o que estiver ao meu alcance para compensar as ausências dos últimos tempos. Afinal, pessoas como ele são raras, e merecem todo o nosso reconhecimento e carinho.

João Duarte, agradeço-lhe por todas as boas memórias, por todas as lições e, sobretudo, por ser quem é: um verdadeiro exemplo de nobreza, generosidade e dedicação. Que a sua saúde melhore rapidamente, e que possamos, em breve, voltar a partilhar aqueles momentos especiais que sempre fizeram das nossas visitas algo tão significativo e memorável. Até breve, com a promessa de que as próximas visitas serão tão ricas e gratificantes como sempre foram.

António Valente

 

 

 

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

CAVALO ZEZITO

Ferro Coudelaria Lima Duarte, de João Duarte

Montado por Fermin Bohórquez





As nossas meninas na pastagem!